ASTERACEAE

Stevia resinosa Gardner

VU

EOO:

22.458,598 Km2

AOO:

32,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo no estado de Minas Gerais, onde foi coletada nos municípios de Caeté, na Serra da Piedade (Nakajima et al., 2009), de Diamantina (I.M. Franco 349), de Ouro Preto (L. Mautone 741) e de Lima Duarte, nos arredores do Parque Estadual do Ibitipoca (R.C. Forzza 1813).Encontrada também no estado de São Paulo (Nakajima, 2013). Coletada em altitudes entre 1.479 m (A.S. Quaresma 354) e 1.942 (I.M. Franco 349).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2014
Avaliador: Lucas Moraes
Revisor: Luiz Santos
Critério: B1ab(iii)
Categoria: VU
Justificativa:

Espécie endêmica do Brasil, restrita ao domínio Cerrado dos estados de Minas Gerais (municípios de Caeté, Diamantina, Ouro Preto, Lima Duarte e São Gonçalo do Rio Preto) e São Paulo (EOO estimada em 16.370 km²) (Nakajima et al., 2009; Nakajima; CNCFlora, 2013). Encontrada entre altitudes aproximadas de 1.450 m a 1.950 m, onde se desenvolve em refúgios ecológicos alto-montanos, em Campo Rupestre e campo areno-pedregoso próximo a mata ciliar (CNCFlora, 2013). Sujeita a sete situações de ameaça, a espécie, apesar de apresentar registros de coleta que indicam sua presença no Parque Estadual do Ibitipoca, encontra-se ameaçada pelas atividades pecuaristas e agrícolas (Sano et al., 2010), bem como pelo plantio da cana-de-açúcar (Durigan et al., 2007), que configuram ameaças de alto impacto para o domínio Cerrado e que acarretam a perda da qualidade do seu hábitat e declínio da EOO. Em São Paulo, também é ameaça preocupante o intenso e constante desenvolvimento da malha rodoviária do estado (Durigan et al., 2007). Medidas de controle e o monitoramento das ameaças incidentes são emergenciais, a fim de evitar que o táxon configure em algum grau de ameaça mais severo em um futuro próximo.

Quantidade de locations: 7
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em London J. Bot. 5: 457. 1846.; a espécie é caracterizada pelas folhas opostas, oblongas, tomentosas, resinoso-pontuadas; capitulescência paniculada, laxa; flores com pápus de até duas aristas (Nakajima, 1991).

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: herb
Biomas: Cerrado
Fitofisionomia: Refúgios Ecológicos Alto-montanos
Habitats: 4.7 Subtropical/Tropical High Altitude Grassland, 6 Rocky Areas [e.g. inland cliffs, mountain peaks]
Detalhes: Erva ascendente, de até 60 cm de altura (D. Sucre 5199) de ocorrência no Cerrado (Nakajima, 2013), em Campo Rupestre (A.S. Quaresma 367) e campo areno-pedregoso próximo a Mata Ciliar (R.C. Forzza 1813).

Reprodução:

Detalhes: Encontrada com flores nos meses de fevereiro (R.C. Forzza 1813), março (E. Pereira 3069), maio (L. Mautone 741) e junho (P.L. Roth s.n., RB 93209).
Fenologia: flowering (Fev~Jun)

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present regional high
A espécie ocorre nos estados de Minas Gerais e São Paulo, onde são muito comuns as culturas agrícolas, que estão entre as principais ameaças existentes para a vegetação do Cerrado (Sano et al., 2010). O plantio de cana de açúcar é uma grande ameaça ao Cerrado no estado de São Paulo (Durigan et al., 2007).
Referências:
  1. SANO, E.E.; ROSA; R.; BRITO, J.L.S.; FERREIRA, L.G. Mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal - Bioma Cerrado: ano base 2002. Brasília-DF . MMA/Série Biodiversidades, v.36. 2010. 96 p.
  2. DURIGAN, G.; SIQUEIRA, M.F.; FRANCO, G.A.D.C. Threats to the Cerrado remnants of the State of São Saulo, Brazil. Scientia Agricola, v.64, n.4, p.355-363, 2007.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat past,present,future regional high
Assim como a agricultura, a pecuária também é preocupante para a conservação do Cerrado no estado de Minas Gerais (Sano et al., 2010). As pastagens cultivadas são também as maiores ameças ao Cerrado no estado de São Paulo (Durigan et al., 2007).
Referências:
  1. SANO, E.E.; ROSA; R.; BRITO, J.L.S.; FERREIRA, L.G. Mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal - Bioma Cerrado: ano base 2002. Brasília-DF . MMA/Série Biodiversidades, v.36. 2010. 96 p.
  2. DURIGAN, G.; SIQUEIRA, M.F.; FRANCO, G.A.D.C. Threats to the Cerrado remnants of the State of São Saulo, Brazil. Scientia Agricola, v.64, n.4, p.355-363, 2007.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
4.1 Roads & railroads habitat past,present regional high
A presença e desenvolvimento de rodovias também é apontado como uma ameaça para o Cerrado no estado de São Paulo (Durigan et al., 2007).
Referências:
  1. DURIGAN, G.; SIQUEIRA, M.F.; FRANCO, G.A.D.C. Threats to the Cerrado remnants of the State of São Saulo, Brazil. Scientia Agricola, v.64, n.4, p.355-363, 2007.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
8.1.1 Unspecified species habitat past,present regional high
A invasão de gramíneas é uma ameaça grande à vegetação do Cerrado no estado de São Paulo (Durigan et al., 2007).
Referências:
  1. DURIGAN, G.; SIQUEIRA, M.F.; FRANCO, G.A.D.C. Threats to the Cerrado remnants of the State of São Saulo, Brazil. Scientia Agricola, v.64, n.4, p.355-363, 2007.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
Há registros da espécie em Unidades de Conservação, como no Parque Estadual do Ibitipoca (R.C. Forzza 1813).